Brasília – Nessa segunda-feira (28), a Defensoria Pública da União (DPU) recebeu 646 livros vinculados à valorização e à afirmação da história e da cultura negras, para distribuição em comunidades quilombolas atendidas pelo projeto A DPU vai aonde o povo pobre está.

O projeto é executado em parceria com o Fundo de Direitos Difusos (Termo de Execuçao Descentralizada nº 54/2019) para o fortalecimento/acessibilidade político/cultural/produtiva das comunidades tradicionais e coletivos/grupos sociais hipervulneráveis do sul do Estado do Rio de Janeiro.

Os livros Angola Janga e Cumbe foram contemplados no prêmio Eisner (Oscar dos quadrinhos) e concorreram ao prêmio FNAC em Portugal, além de estarem inseridos no Programa Nacional do Livro Didático Literário 2018.

As obras narram, respectivamente, o protagonismo dos negros escravizados em sua luta de resistência contra a opressão escravagista e a história do Quilombo dos Palmares – ou pequena Angola, formado no fim do século XVI, na capitania Pernambuco, a partir dos mocambos criados por fugitivos da escravidão. Angola Janga cresceu, organizou-se e resistiu aos ataques dos militares holandeses e das forças coloniais portuguesas. Tornou-se o grande alvo do ódio dos colonizadores e um símbolo de liberdade para os povos escravizados.

A iniciativa de distribuição das obras às comunidades e aos coletivos, objetiva a participação e a parceria para realização de oficinas, minicursos e outros eventos sobre a temática, sempre ouvindo e construindo com os destinatários.

O projeto A DPU vai aonde o povo pobre está também atende aos coletivos de catadores de materiais recicláveis, visando à implantação do sistema de coleta seletiva pelos respectivos municípios, caminha para o seu sexto ano de execução em 2021 e se estrutura a partir da missão constitucional de promoção dos direitos humanos e garantia de assistência jurídica integral e gratuita às pessoas e aos grupos hipossuficientes.

Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União